NATURALISMO E CIÊNCIA COGNITIVA: POR UMA ABORDAGEM SISTÊMICA
Palavras-chave:
ciência cognitiva, filosofia da mente, naturalismo.Resumo
Resumo
Ao avaliarmos o papel desempenhado pela filosofia dentro do quadro geral dos saberes constituídos, procuraremos determinar no presente artigo o sentido da idéia de que a ciência cognitiva veio ocupar o papel que sempre coube à epistemologia. Investigando as relações entre a filosofia e a ciência cognitiva, avaliaremos criticamente a proposta do filósofo brasileiro Marcos Barbosa de Oliveira, de que a ciência cognitiva deveria dividir-se entre ciência cognitiva natural e cultural. Ao nos posicionarmos contra essa proposta, argumentaremos que dividir a ciência cognitiva em dois domínios traria mais problemas que soluções aos estudos referentes à mente, pois entendemos que a integração entre os saberes, os esforços para a constituição de um patamar teórico-conceitual comum, bem como o intercâmbio de idéias, uma das principais propostas da ciência cognitiva, não deveriam ser abandonados em virtude do temor de que a ciência cognitiva estaria tratando como naturais aspectos da cognição que seriam culturais. Por fim, procuraremos apontar para a direção de uma perspectiva sistêmica, em que as especificidades entre os saberes não seriam tão nítidas como comumente são compreendidas e investigadas. © Cien. Cogn. 2012; Vol. 17 (1): 120-129.
Palavras-chave: ciência cognitiva; filosofia da mente; naturalismo.
Abstract
Evaluating the role of philosophy within the general framework of constituted knowledge, we seek to determine in this article the meaning of the idea that cognitive science has come to substitute the role that has always been associated with epistemology. Investigating the relationship between philosophy and cognitive science, we critically evaluate the proposal of the Brazilian philosopher Marcos Barbosa de Oliveira, which states that cognitive science should be divided into natural and cultural. As we stand against this proposal, we argue that dividing cognitive science in two areas would bring more problems than solutions to the studies of the mind, because we believe that the integration of knowledge, the efforts to develop a common theoretical -conceptual framework, as well as the exchange of ideas, one of the main proposals of cognitive science, should not be abandoned because of worries that cognitive science would be treating as natural supposedly cultural aspects of cognition. Finally, we seek to point out the direction towards a systemic perspective, in which the specificities among knowledge would not be as apparent as they are commonly understood and investigated. © Cien. Cogn. 2012; Vol. 17 (1): 120-129.
Keywords: cognitive science; philosophy of mind; naturalism.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
O(s) autor(es) abaixo assinado(s) transfere(m) à Organização Ciências e Cognição, instituição responsável pela revista Ciências & Cognição (ISSN 1806-5821), todos os direitos de publicação, produção e divulgação, com exclusividade e sem ônus, do material do manuscrito submetido, extensível a versões em outras mídias de comunicação e divulgação (site, redes sociais, vídeos, em meio impresso, digital, áudio/podcast e audiovisual (integral ou parcialmente), buscando, dentro das possibilidades dar a maior visibilidade possível ao material submetido e aprovado, objeto da presente seção de direitos.
Declara(m) e garante(m) que:
- os procedimentos éticos referentes a um trabalho científico foram atendidos;
- no caso de estudo com humanos, foi conduzido conforme os princípios da Declaração de Helsinki e de suas emendas, com o consentimento informado aprovado por Comitê de Ética devidamente credenciado e com a Resolução 1595/2000, do CFM*;
- a responsabilidade pela informações e pelo conteúdo são do(s) autor(es).