Efeito stroop e rastreamento ocular no processamento de palavras

Autores

  • Marcus Maia Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professor, Coordenador
  • Miriam Lemle Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professora Titular, Coordenadora
  • Aniela Improta França Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professora

Palavras-chave:

rastreamento ocular, morfologia interna à palavra, efeito stroop

Resumo

Como é a organização cerebral do léxico? As palavras são guardadas por inteiro ou existe derivação que forma uma estrutura interna a elas? Usando dois paradigmas experimentais, investigamos se a decomposição morfológica é uma propriedade fundamental do processamento lexical na leitura de palavras isoladas no português do Brasil. O primeiro experimento propõe uma tarefa baseada no chamado Efeito Stroop, no qual processos atencionais concorrentes demonstram a natureza automática das fases iniciais do processamento da leitura. O segundo experimento, usando protocolo de rastreamento ocular durante a leitura, investiga as mesmas palavras, pretendendo identificar, preliminarmente, os pontos de fixação e sacadas na primeira passagem do olhar, bem como nos movimentos regressivos. Os resultados obtidos nos dois experimentos permitem reunir evidências de que, no processo de leitura, as palavras são derivadas morfema a morfema, embora haja também heurísticas globais da visão que atuam simultaneamente no processamento da leitura. © Ciências & Cognição 2007; Vol. 12: 02-17.

Biografia do Autor

Marcus Maia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professor, Coordenador

Doutor em Lingüística (University of Southern California – USC), com Estágio de Pós-doutorado (City University of New York – CUNY). Atualmente é Professor de Lingüística, Departamento de Lingüística (UFRJ), sendo o atual Coordenador do Grupo de Trabalho de Psicolingüística da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística (ANPOLL).

Miriam Lemle, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professora Titular, Coordenadora

Possui Graduação em Letras (UFRJ), Mestrado em Lingüística (University of Pennsylvania), Doutorado em Lingüística (UFRJ e Estágio de Pós-Doutorado (MIT). Atualmente é Professora Titular (UFRJ) e Coordenadora do Laboratório Computações Lingüísticas: Psicolingüística e Neurofisiologia (CLIPSEN; http://www.letras.ufrj.br/ clipsen)

Aniela Improta França, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil / Professora

Doutora em Lingüística (UFRJ), com Estágios no Cognitive Neuroscience of Language Lab (University of Maryland) no Instituto de Neurologia (UFRJ) e no Ambulatório de AVC (Universidade Federal Fluminense). Atualmente é Professora (Departamento de Lingüística, UFRJ) e Membro Efetivo do Programa Avançado de Neurociência(PAN; UFRJ).

Como Citar

Maia, M., Lemle, M., & França, A. I. (1). Efeito stroop e rastreamento ocular no processamento de palavras. Ciências & Cognição, 12. Recuperado de http://revista.cienciasecognicao.org/index.php/cec/article/view/639

Edição

Seção

Artigos Científicos / Scientific Articles