John Searle e o cognitivismo
Palavras-chave:
John Searle, cognitivismo, computacionalismo, consciência, inteligência artificialResumo
A obra do norte-americano John Searle tem se tornado uma das maiores influências filosóficas na abordagem cognitivista da psicologia contemporânea, e começa hoje a rivalizar mesmo com a influência das obras de Jerry Fodor ou Noam Chomsky. Seu maior papel nas ciências cognitivas pode ser encontrado na ajuda ao resgate do conceito de consciência e ao ataque às teses da IA forte. Este ataque se divide em três frentes, uma para cada uma das três alegações centrais do computacionalismo. A primeira destas alegações seria que “o cérebro é um computador digital”. A segunda, que “a mente é um programa computacional”. A terceira, que “as operações do cérebro podem ser simuladas em um computador digital”. Este artigo apresenta as críticas de Searle a estas teses, e mostra como suas posições acerca da mente, apesar de recentes, já influenciaram o cognitivismo, ajudando este movimento a retomar seu projeto original de se constituir como psicologia da consciência. © Ciências & Cognição 2006; Vol. 08: 96-109.
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