Construtivismo e ciências humanas

Autores

  • Gustavo Arja Castañon Professor de Epistemologia e Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia no Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá.

Palavras-chave:

epistemologia, construtivismo, construtivismo social, construtivismo radical, racionalismo crítico

Resumo

Nos últimos anos assistimos a uma proliferação do termo construtivismo em disciplinas como Psicologia, Educação, Sociologia e Filosofia da Mente. No entanto, se tomamos este conceito em seu sentido estrito, como a posição que defende o papel ativo do sujeito na sua relação com o objeto do conhecimento e construção de suas representações da realidade, vemos que diversas posições auto-denominadas construtivistas assumem teses que contrariam o espírito original desta tradição filosófica. Este artigo faz uma breve investigação das mais influentes utilizações contemporâneas do termo, pelas correntes do Construtivismo Piagetiano, Construcionismo Social, Construtivismo Radical e Construtivismo Social. Conclui que estas três últimas correntes não são estrito senso construtivistas, porque dissolvem o sujeito epistêmico. Além disso, demonstra que Construtivismo não implica em idealismo, e que o Racionalismo Crítico e o Construtivismo Piagetiano são os legítimos representantes de uma tradição construtivista que, aderindo ao realismo, se mantém no campo da Ciência Moderna. © Ciências & Cognição 2005; Vol. 05: 36-49.

Biografia do Autor

Gustavo Arja Castañon, Professor de Epistemologia e Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia no Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá.

Psicólogo, Mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), doutorando em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como Citar

Castañon, G. A. (1). Construtivismo e ciências humanas. Ciências & Cognição, 5. Recuperado de http://revista.cienciasecognicao.org/index.php/cec/article/view/523

Edição

Seção

Artigos Científicos / Scientific Articles